quinta-feira, 30 de maio de 2013

Tanta tentação

Ele me tenta
O tempo todo
Já nem sei o que faço
Tão tentada que vivo
De cair de jeito
Em sua conversa fiada
Cantada em meus ouvidos

Quem olha assim
Pensa que nem desconfio
Que futuro não há em suas propostas
Mesmo vendo tudo ainda encaro o desafio

Pois esqueço que existe um tudo isso
Quando sinto seus lábios macios
Colados em minha nuca
Sua língua voraz devassando minha boca
Seus xêru’s mandados e dados
Que minha libido aguça

Quando lembro seu jeito vadio
Que foi o que mais me chamou a atenção
Tudo o mais perde a importância
Só aumenta minha excitação

Não é meu menino nem será de outra tão cedo
Percebo isso não só em seus gestos
Se achar um dia preso é onde reside seu maior medo
Olho em seus olhos e desvendo
Alguém que tão assim ao mundo
Faz questão de se mostrar
Não pode achar pouso tranquilo
Em apenas um lugar!

Karolyne Gilberta
Lança esse teu olhar sacana
sobre minha direção
Faça graça faça arte
pra chamar minha atenção
Dança com vontade
se acaba na perdição
Flerta com outras, se joga
o que vale é a diversão
Depois volta, e mais uma noite
você estremece na minha mão

Grazi

Imagens mentais

As lembranças inesquecíveis que ficaram não são só suas
Ainda recordo de nós dois abraçados no meio da rua
Em frente à praça, nos amassando contra o muro
Eu tateando por entre o zíper da calça seu membro duro
Sua mão em meus peitos a me apertar os bicos
Entre outras carícias, gemidos e suspiros
Nossa respiração ofegante e as tentativas frustradas de nos manter longe um do outro
Eu virada de costas e você se encaixando em meu dorso
As mãos que sôfregas investiam nos territórios um para o outro não mais proibidos
Mesmo em minha saia longa, que era mais um impeditivo
Realmente inacreditáveis são as imagens que também guardo do momento:
Seu cheiro me levando embora a sanidade. Suas palavras me trazendo entorpecimento.
Não bastasse a rua não tão deserta e toda a adrenalina do lugar impróprio
Cada aproximação das peles nos deixava menos sóbrios
Não apenas uma vez, mas ainda uma segunda
Era imprescindível não permitir que sua mão deixasse de apalpar minha bunda
Lutar contra os desejos e conter minha rubra rosa que de prazer se fazia para você toda molhada
Para que ela não me fugisse entre as pernas de tanto que latejava.
Suas entradas.... minhas bandeiras

Penetração seguida de penetração... n’um crescente e ascendente ambicionar ter-te dentro
Você, conhecedor dos vícios de minhas curvas, sempre caminhando em direção ao meu epicentro
Contra o muro mais próximo tentar me equilibrar
Para após cada orgasmo meu corpo de prazer não sucumbir e fraquejar
Tirar a calcinha encharcada e guardá-la num bolso da roupa
Antes de sussurrar em teu ouvido: “não sei se peço penetra-me ou me fode com força”
E no ápice do gozar sentir você me escorrendo perna abaixo
E com as mãos recolher o que de mais precioso jorra de você
Colocar sutilmente em minha língua e degustar o mais delicioso e puro líquido do prazer!!


Karolyne Gilberta


*Eu sou tão sortuda e tenho amig@s tão lind@s que um deles, o Dan Rocha, fez uma ilustração para o poeminha. É essa lindona que está aí.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Afinal



Excessos
Excertos
Fragmentos de um romance sem fim nem começo
Pequenos retratos de uma guerra contra sentimentos e sensações

‘É a bossa
É a bossa’
Escuto músicas novas e mesmo as antigas e quase sempre encontro você nelas
As que ouvimos juntos nos momentos de deleite sexual
Noutras vezes as que ambos gostamos ou aquelas que jamais suporia você ouvir
Hoje eu sei que elas não só parecem fazer, mas contam nossas histórias

‘São sons
São sons de sins
Não contudo’
A necessidade de criar versos para me redimir
Para alongar a vida... para acariciar a ‘pequena morte’
Traduzir em letras o que nem mesmo o corpo consegue cont’a’rolar!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Corpo’Capital

Convido-te através de meus modos de produção do prazer a conhecer o materialismo dialético de meus lábios, mãos, nuca, coxas, nádegas e seios... passear por e entre minhas formas.
Conclamo-te a se posicionar nas minhas relações de produção com suas forças produtivas em estado de alerta constante: punho em riste e sempre à esquerda!!!
Proponho-te um mergulho sem pudores ou alienações na dialética de meu corpo com sua força de trabalho.
Esqueçamos as limitações de nossa formação econômico-social e produzamos
sob as bases materiais de que dispomos [saliva, suor, gemidos ou mesmo suspiros] mercadorias de deleite ruidosas, agressivas, prazeres puros: lambidas... beijos... mordidas... orgasmos.
Nesse processo a exploração será um mal necessário que deixarei que você eleve ao máximo!
Que a luta dos sentidos do prazer nos invada e seja nossa substância... a própria força que gera a vida.
Aproveita agora e vem extrair a mais-valia de minhas curvas e desvendar os segredos de todo meu erotismo material corpóreo!





Karolyne Gilberta