terça-feira, 10 de setembro de 2013

Cada novo dia carrega um pouco de morte em suas horas

Foi uma noite difícil como há muito não vivia.
Acostumada com suas incertezas,
apesar de teimar em não desejá-las em minha vida,
soou surreal, até para mim, decidir abandoná-las.
Não tê-lo entre as mãos foi sempre uma de minhas maiores certezas,
mas só de imaginar não tê-lo de forma alguma no dia seguinte
fez meu coração bater fraco e o sangue esquecer o caminho.
As lágrimas retidas na retina repleta de ti
teimando em comprimir o peito e impedir a respiração.
Fiquei aqui estática tentando acreditar em mim
e não transformar essa em mais uma promessa de canto de gaveta.
Desatravessá-lo de minhas pálpebras para finalmente dormir
foi a busca vã na noite longa, escura e fria,
mas prevejo uma busca que há se perder nos dias...
nas idas sem vi(n)da do coração descompassado!


Karolyne Gilberta

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