domingo, 3 de abril de 2011

A Cidade do Sol

— Volte! Não! Não olhe agora. Vire-se! Volte! Mas foi em vão.
Mariam viu assim mesmo. Uma rajada de vento afastou as folhagens do salgueiro-chorão, como se abrisse uma cortina, e a menina avistou de relance o que estava do outro lado: a cadeira de encosto alto, caída no chão. A corda pendendo de um ramo mais alto. E Nana pendurada na outra ponta.

...

Para cada tribulação e cada sofrimento que Deus nos faz enfrentar, Ele tem um motivo.
Mas Mariam não conseguia perceber consolo algum nas palavras de Deus. Não naquele dia. Não naquele momento. Tudo o que podia ouvir era a voz de Nana dizendo: "Se você for, eu morro. Simplesmente morro."

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