sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Assim como quem nada quer

Andando displicentes pelas ruas a procura de diversão nos encontramos.
Depois de vários minutos de conversa me convida para finalmente conhecer sua casa.
Não que a casa seja longe, mas os minutos do percurso fazem o caminho parecer tão longo diante das necessidades do corpo.
O tesão nos domina e beijos e mais beijos vão se sucedendo.
Propostas sussurradas ao pé do ouvido vão surgindo.
Braços ávidos buscam meu corpo e encontram nele toda a energia necessária para seguirmos adiante.
Me segura o peito com uma mão, lança a boca sobre o outro.
Joga-me sobre o sofá e se atira sobre mim empurrando uma de minhas pernas para cima prendendo-a entre meu corpo e o dele.
Coloca os dedos sobre meu sexo e põe-se a alisá-lo até deixá-lo úmido.
Continua o trabalho com dentes, lábios e língua.
Segura minhas mãos com força e me olha fixamente nos olhos.
Vira-me de costas e me puxa de encontro ao seu corpo levemente suado.
Olho para o espelho e vejo minha bunda altiva dando-lhe sinal de passagem.
Começa a penetrar-me.
Excitada a ponto de quase explodir prendo-me em seus cabelos no auge do desespero.
Sobrevêm-me os gemidos, os gritos, o choro, a histeria que antecede o gozo.
Deliro. A cada estocada viajo no prazer provocado pelos movimentos hábeis.
O ritmo aumenta.
Nossos corpos respondem: ele ejacula e eu me desmancho.

Karolyne Gilberta.

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