Subindo pelas paredes sussurra desejos inconfessáveis ao dono de
seus pensamentos.

Agarrada aos pêlos de seu par mostra-se dona de
habilidades incontestáveis e vai desvendando os mistérios de sua condição ‘humana’.
Afiando as unhas no corpo do outro vai se fazendo fêmea, bicho
afoito, se deixa possuir pelo cio!
Em delírio arrasta o corpo febril sobre o do amante. Esfrega!
Geme, urra, berra, implora a posse, deseja a morte... o êxtase.
Provoca. Aguarda a violação! Ah, como deseja ser profanada!!!
Saliva e suplica bofetadas, braços retidos por mãos impiedosas,
puxões de cabelo que façam sua coluna se contorcer.
Ávida! Intensa! Perdida! Encontra-se no delírio.
Inflama e explode. Jorra!
Karolyne Gilberta.
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