segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mãos para que te quero

As mãos dando bobeira,
assim mesmo como quem nada quer,
passeiam pelo corpo da independente mulher.
Uma nos seios para incitar os instintos,
movimentar a libido.
Breve volteio na curva entre as coxas.
Vez ou outra uma passeada na barriga,
Logo mais o caminho certo é abaixo do umbigo...
Novamente nas curvas...
A calcinha puxada de lado
para facilitar o esforço dos trabalhadores ávidos.
Sorrateiros vão adentrando devagar.
Primeiro um, depois outro.
Ora em círculos, outras vezes num vai-e-vem.
Tudo, parte, só um pedaço.
A cada respiração um movimento diferente.
Arfando e aumentando o ritmo.
Confere o hálito no cheiro do tato.
Constata a doçura... aprecia a ‘quintura’.
Dedos úmidos, zonas úmidas... vistas turvas.
Bico dos seios duros.
Volta-se à introdução.
Não consegue nem deseja mais parar o trabalho das mãos.
O cérebro ‘abandona’ o corpo.
Não tem intenção nem condição de continuar em funcionamento.
Se agarra aos lençóis com a mão desocupada. Tenta aliviar a tensão.
Músculos retesados...
Contrações, espasmos, ejaculação.
Os pés se contorcem, o último suspiro é dado.
O orgasmo finalmente está consumado.




Karolyne Gilberta

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