Você não cabe em mim.
Lamento, mas meu eu é
grande demais para te abrigar. Sua infimidade diante de mim chega ser visível, sofrida,
palpável... e não me apraz. Meu universo infinito e irrestrito parece não lhe
convir. Noto que você se perde.
Principalmente quando
me vem com sua pequenez existencial.
Pode guardá-la. Ela não serve. Não para mim.
Pode guardá-la. Ela não serve. Não para mim.
Não preenche meus
vazios.
Não entende nem mesmo
meus apelos silenciosos.
Não enxerga minhas
necessidades.
Minhas urgências não te
alcançam.
Por isso, estou
definitiva e irremediavelmente decidida a te expulsar de dentro de mim. Não vou
deixar que me tire o sono, que me roube a paz, que me arranque as esperanças. Estas
são as únicas coisas que me restaram para me agarrar a sanidade e permanecer
VIVA. Vai doer, eu sei, mas não tenho mais espaços para sonhos, devaneios e
demônios interiores no meu caminhar. A vida precisa ser leve, já que é curta.
Também sei que as
paixões são longas, mas se o sentimento vai e não volta deixa tudo mais longo
ainda. Inclusive as dores.
Para que a vida não se
arraste, se necessário for, abandonarei os amores.
Inclusive estou TE (DES)ESCREVENDO para te desenraizar de dentro de mim.
Inclusive estou TE (DES)ESCREVENDO para te desenraizar de dentro de mim.
Karolyne Gilberta.
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